Cristiano Ronaldo faz história em Paris

Cristiano Ronaldo torna-se hoje o jogador português com mais internacionalizações de sempre,
superando a marca de Luís Figo.
O palco parece ter sido escolhido para assinalar a data: Parque dos Príncipes, em Paris.

Contra a Áustria, CR7 vai vestir pela 128.ª vez a camisola de Portugal, numa saga que começou a 20 de agosto de 2003.
Com 18 anos, acabado de chegar ao Manchester United, foi convocado por Scolari para um particular com o Cazaquistão, em Chaves (1-0, golo de Simão).

Ironia do destino, entrou após o intervalo para o lugar de Figo, precisamente o jogador que agora ultrapassa no ranking dos mais internacionais de sempre por Portugal. "Já nessa altura, apesar de miúdo, era um jogador que revelava uma enorme ambição.

Era extrovertido, comunicativo e participava nas brincadeiras connosco. Já mostrava uma vontade imensa de se tornar o enorme jogador que é hoje", disse ao DN Rui Costa, figura do Benfica e da seleção que também participou nesse jogo diante do Cazaquistão.

Para o atual administrador da SAD do Benfica, "será difícil algum outro jogador" no futuro superar as internacionalizações de CR7.
"É subjetivo, pois depende da idade em que se começa e acaba. Mas será difícil, sim, até porque o Cristiano, felizmente, está sempre disponível para representar Portugal, seja em amigáveis ou em jogos oficiais.
Quando o Luís [Figo] bateu o recorde também se pensava que seria impossível.
E aconteceu."

O primeiro golo de CR7 pela seleção só aconteceu ao oitavo jogo, precisamente na partida frente à Grécia, na abertura do Euro 2004.
Saltou do banco no período de descontos mas não impediu a derrota por 2-1.
Atualmente contabiliza 58 golos pela seleção nacional (bateu o recorde de Pauleta - 47 - em março de 2014) e participa na sétima fase final consecutiva de um grande torneio de seleções.

"Ronaldo é um jogador muito importante para a seleção portuguesa.
É um dos melhores do mundo e o futebolista mais caro de todos os tempos.
No seu melhor, é imparável", disse nesta semana Luís Figo, numa entrevista ao site da UEFA.
O atual jogador do Real Madrid, aliás, teve em Figo uma espécie de padrinho.
"Quando o Ronaldo chegou à seleção, a primeira pessoa que o quis ajudar foi o Figo.
Era o primeiro a incentivá-lo a driblar, a rematar, a marcar o maior número de golos, a impor o seu próprio estilo de jogo.
O Figo costumava dizer-lhe: "Filho, tenta outra vez, continua a tentar.
Se te deparares com uma situação difícil, estarei aqui para te dar uma ajuda.
E se cometeres um erro, não há problema.
Por isso, vai com calma.
Mas nunca deixes de tentar"", contou recentemente Luiz Felipe Scolari.

Hoje, no Parque dos Príncipes, CR7 tem a oportunidade de assinalar esta marca ajudando Portugal a vencer a Áustria e a responder a quem tanto criticou a sua exibição no jogo com a Islândia.


Fonte: Diário de Noticias

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