O presidente do FC Porto admitiu que esta época para os Dragões terminou, revelando que os azuis e brancos bateram no fundo e que quer muito vencer a Taça de Portugal para começar desde já a próxima época a lutar pela supertaça.
«Disse há dias aos jogadores que esta época acabou. Têm seis jogos para demonstrarem que têm caráter para jogar no FC Porto, quem não o fizer não ficará no FC Porto», frisou em entrevista ao Porto Canal, exigindo uma «mobilização geral para ganhar a Taça de Portugal, a segunda prova em qualquer país».
«Não me venham dizer que não tem importância quando outros ganham a Taça da Liga e só não é feriado porque se calhar é domingo», notou.
«Há jogadores que não estão no FC Porto que farão parte do plantel na próxima época, tivemos necessidade de pôr alguns jogadores a jogar para ver o seu valor», explicou Pinto da Costa, confirmando o regresso de Otávio ao Dragão na próxima época:
«Otávio está a demonstrar que é um grande jogador, mas nem na equipa B estaria a jogar. Não teve uma oportunidade com Lopetegui, emprestei-o ao Vitória de Guimarães porque via que ele tinha valor. A única solução para tirar as dúvidas era pô-lo a jogar ao mais alto nível.»
Também Rafa Soares, emprestado pelos azuis e brancos à Académica, tem já reservado bilhete de volta ao FC Porto.
Pinto da Costa diz ter ficado «envergonhado» com a exibição do FC Porto no jogo com o Tondela, admite que a equipa «bateu no fundo» mas garante total determinação para inverter o ciclo negativo.
«Contestação senti-a no jogo com o Tondela, e compreendo-a. Como adepto de há dezenas de anos, foi a vez em que me senti mais envergonhado de uma exibição do FC Porto, como adepto junto-me a todos aqueles que protestaram. Falta de educação não senti no Estádio do Dragão, mas petardos não tem nada a ver com contestação. A contestação que me importa é a dos adeptos do FC Porto no fim do jogo. Rebentar petardos às três e meia da manhã nada tem a ver com adeptos», distinguiu o presidente dos azuis e brancos, em entrevista ao Porto Canal.
«Como adepto contesto o que se está a passar. Mas há que não confundir a contestação dos adeptos com terrorismo. Se a briga-antiterrorismo quiser atuar, não será preciso um Sherlock Holmes», observou.
Não obstante reconhecer que o FC Porto bateu no fundo, Pinto da Costa diz-se pronto para arregaçar as mangas e devolver o clube à glória de outrora.
«Não me candidatei como prémio do que ganhei, isso é passado e está no museu. Candidatei-me porque verifiquei que as coisas estão mal e é preciso voltar a pô-las como eram. Sinto-me capaz e tenho a certeza absoluta de que vamos dar a volta ao que está mal. Batemos no fundo, fizemos a radiografia e há que não repetir os erros», frisou.